Apartamentos que fazem parte de prédios do ‘Minha Casa, Minha Vida’ são interditados por causa de rachaduras em Alfenas, MG

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Dois blocos do conjunto habitacional Jardim São Carlos, com 36 apartamentos, foram interditados pela Defesa Civil nesta quarta-feira por conta das rachaduras nas paredes. Apartamentos de prédios do “Minha Casa, Minha Vida” são interditados em Alfenas
Mais de 30 apartamentos foram interditados nesta quarta-feira (13) no bairro Jardim São Carlos, em Alfenas (MG). Eles fazem parte de dois prédios do Conjunto Habitacional Minha Casa, Minha Vida.
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A Maura é uma das moradoras que precisaram sair de casa. Ela percebeu as rachaduras e já fez o alerta.
“Domingo para segunda, depois da meia-noite, deu um tremorzinho, aí no outro dia já viu as rachaduras, aí já corri atrás já. Aí eu fui lá na delegacia e eles falou que era para chamar os bombeiros. Eu chamei o bombeiro, eles veio e falou que o prédio caiu mesmo, tava ruim. Depende do abrigo, né? Um dia tinha tudo, no outro dia tinha nada”, disse a dona de casa Maura Dalila Francelino dos Santos.
Dois blocos do conjunto habitacional Jardim São Carlos, com 36 apartamentos, foram interditados pela Defesa Civil nesta quarta-feira por conta das rachaduras nas paredes. As trincas se multiplicaram de um dia para o outro, aumentaram em quantidade e em tamanho.
Apartamentos que fazem parte de prédios do ‘Minha Casa, Minha Vida’ são interditados por causa de rachaduras em Alfenas
Reprodução EPTV
Um vizinho foi ajudando o outro a retirar a mobília. A ordem é esvaziar todos os apartamentos.
“A parede do meu quarto estava toda rachada, da sala e da cozinha toda molhada, jorrando água, na verdade, escorrendo água. E a gente foi trabalhar. Quando a gente ficou sabendo, a gente teve que voltar e começar a arrancar tudo pra fora. E não tem pra onde levar, né?”, disse a doméstica Aline Lima.
“As coisas estão tudo dentro do apartamento, porque não tem lugar de onde colocar, não tem pra onde ir. Eu tô esperando pra ver o que eles vão selecionar pra nós aí”, completou o frentista Joziel Santana.
Depois que as famílias saírem do local, vai ser feita uma avaliação mais aprofundada pra saber o que tá causando essas rachaduras. A Defesa Civil trabalha com algumas possibilidades. Entre elas, um vazamento na tubulação da Copasa.
“Nós já pedimos até o corte dessa água que está vindo aqui, porque apareceu até trincas no asfalto. Então pode ser, e pode também ser outras situações. Pode ser a drenagem que não está legal, então tem outras opções”, disse o coordenador da Defesa Civil de Alfenas, Marcelo Pereira Lopes da Cruz.
“Já solicitamos à Copasa que faça o desligamento dos dois blocos, ela tem que fazer o desligamento para que a água não chegue nem próximo aos blocos. Porque a gente já verificou que o solo está muito saturado, ele está muito encharcado e provavelmente não é só chuvas, porque o espaço é pequeno para ter sido só chuvas. A gente trabalha com a forte hipótese de ser um vazamento grande”, disse a secretária de Desenvolvimento Estratégico de Alfenas, Lilian Castro.
Com essa situação de emergência, a Defesa Civil do Estado também foi acionada.
“Segundo os engenheiros, a possibilidade de entrar em colapso da edificação, então tem todo esse acompanhamento. A evolução, acompanhamento dessas trincas, a maneira preventiva, a evacuação. Então foi tomada essas medidas pelo nosso coordenador municipal de defesa civil, onde está sendo retirada essas famílias, dando todo esse apoio social”, disse o agente regional da Defesa Civil, Wander Nogueira da Silva.
Apartamentos que fazem parte de prédios do ‘Minha Casa, Minha Vida’ são interditados por causa de rachaduras em Alfenas
Reprodução EPTV
A Assistência Social da prefeitura está fazendo um cadastro dos moradores para saber quem vai precisar de abrigo.
“São 20 famílias que estão desalojadas, que na realidade foram para casa de amigos, parentes e 14 famílias que estão desabrigadas, que a prefeitura, através da Secretaria de Ação Social, está dando todo suporte”, disse o coordenador da Defesa Civil de Alfenas, Marcelo Pereira Lopes da Cruz.
Alguns têm abrigo na casa de parentes, outros contam com a assistência social, mas para todos, poder voltar para casa ainda é uma incerteza.
A Defesa Civil acionou a Copasa e as equipes da companhia já foram ao local para avaliar a situação. A companhia ainda não informou o que deverá ser feito.
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